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Propõe a (re)visitação aos universos cinematográficos singulares dos realizadores Edgar Pêra e F.J. Ossang. A seleção e apresentação dos filmes foi a escolha de Rodrigo Areias - realizador e produtor cinematográfico.
A exibição dos filmes tem lugar no Instituto de Design de Guimarães e são de entrada gratuita. A lotação é limitada e condicionada em função do estado epidemiológico e das regras em vigor, relacionadas com o COVID-19.
Instituto de Design de Guimarães
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Na história, que o realizador foi buscar uma vez mais à escrita de Branquinho da Fonseca (1905-1974) – de onde já tirou “Rio Turvo” (2007) e “O Barão” (2011) –, o actor Dominique Pinon é Raymond, um fotógrafo e autor de BD francês que, a seguir ao 25 de Abril de 1974, casou uma portuguesa e se radicou em Lisboa.
Investigação Transtemporal. Ficção desenvolvida a partir do debate de ideias de 3 intervenientes: Terence McKenna (Dok Xaman), Rudy Rucker (Cyber Magnus), Robert Anton Wilson (Neuro-Investigator). Tema do filme: Os Mapas do Tempo, a percepção do tempo numa cidade como Lysboa, formas de evasão à rotina lysboeta.
A música punk que acompanha as imagens iniciais de um casal, ele a fazer waterski, ela a conduzir o barco, pressagia desde logo um acidente que parece inevitável, e anuncia com estrondo que estamos numa obra de F. J. Ossang.
Ficção científica pós-apocalíptica franco-portuguesa, filmada em preto e branco e em scope, "Le Trésor des Îles Chiennes" (1990) é um manifesto surrealista anticonsumista e libertário, que faz a apologia dos instintos naturais mais essenciais contra a industrialização capitalista.
É «diferente de tudo o que sabemos sobre Portugal» (Olaf Moller, Film Comment e Cinemascope). Cineasta no activo há três décadas (mais de uma centena de trabalhos para cinema, TV, BD, net, espectáculos, galerias, eventos e trans-media), Edgar Pêra é autor de filmes “pessoais, irónicos, satíricos, poéticos, controversos, inclassificáveis”.
É um artista prolífico: escritor, editor, poeta e músico, coleciona no seu currículo cerca de vinte livros e uma banda de música, os MKB (Messageros Killers Boys). A sua atividade cinematográfica tem sido mais esparsa, mas ainda assim essencial para compreender o comprometimento artístico de Ossang, cuja carreira tem sido marcada por uma atitude eminentemente punk, provocando o establishment artístico.